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Este blog foi criado em 02 de dezembro de 2009,
como suporte aos meus alunos, contudo, estou aposentada desde 10 de março de 2012, sem atividade de ensino, não tendo mais interesse de desenvolver alguns assuntos aqui postados. Continuo com o blog porque hoje está com > 237.000 visitantes de diversos lugares do mundo. Bem-vindo ao nosso ambiente virtual. Retorne com comentários e perguntas: lucitojal@gmail.com.
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Falo sobre composição, valor nutritivo dos alimentos e biodisponibilidade dos nutrientes. Interações entre nutrientes: reação de Maillard e outras reações com proteínas, principalmente AGEs (Advanced Glycation End Products) e a relação desses compostos com as doenças crônicas: Diabetes, Alzheimer, câncer, doenças cardiovasculares entre outras. Atualmente, dedico-me mais ao conhecimento dos AGEs (glicação das proteínas dos alimentos e in vivo).

"Os AGEs (produtos de glicação) atacam praticamente todas as partes do corpo. É como se tivéssemos uma infecção de baixo grau, tendendo a agravar as células do sistema imunológico. O caminho com menos AGEs; escapa da epidemiologia dos excessos de alimentação" disse Vlassara. http://theage-lessway.com/

ATENÇÃO: A sigla AGEs não significa ácidos graxos essenciais.

Consulte também o http://lucitojalseara.blogspot.com/ Alimentos: Produtos da glicação avançada (AGEs) e Doenças crônicas.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

300- Dieta do Mediterrâneo

Antes de tudo leia: http://www.fef.unicamp.br/departamentos/deafa/qvaf/livros/foruns_interdisciplinares_saude/evolucao/evolucao_cap2.pdf

A dieta, a prática de atividade física, o controle do fumo e do álcool, combinações que, quando associadas, correspondem à 50% do risco total para o desenvolvimento de algum tipo de doença crônica (WHO,2003). Portanto, dentre os fatores ambientais a nutrição/alimentação pode ser considerada o de maior importância para uma melhor qualidade de vida (TYROVOLAS; PANAGIOTAKOS, 2010)
Entretanto, os fatores psicossociais têm ganhado destaque importante no contexto saúde e qualidade de vida, contribuindo para essa análise.

  • O consumo de alguns alimentos como a margarina e a gordura hidrogenada, não deveria ter sido estimulado sem estudos que pudessem garantir, em longo prazo, a segurança do consumidor.
  • À ingestão de ovos, que foi condenada durante anos, e, atualmente, especialistas indicam o consumo moderado.
  • O café já foi relacionado à hipertensão; recentemente, no entanto, o seu consumo tem sido associado a pequenas alterações na pressão sanguínea e não tem sido atribuído a esse produto um papel central no aparecimento da hipertensão (AZEVEDO, 2008).
As mudanças no padrão dietético da população, as inovações na área e a discussão sobre a qualidade de vida e a qualidade da alimentação cresceram fortemente nos últimos anos, devido à alta incidência de problemas com a saúde, tais como as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e que possuem grande associação com a alimentação.
Preocupações com as deficiências nutricionais e a fome têm dado espaço para a discussão do consumo excessivo de certos nutrientes e calorias na dieta, além dos problemas relativos à contaminação química dos alimentos (AZEVEDO, 2008).
A modificação no padrão alimentar é complexa e constante. Envolve desde o processo de industrialização, as novidades na indústria de alimentos, o estudo dos hábitos e do ambiente para o consumo, a disponibilidade e o acesso ao alimento.

A dieta do mediterrâneo
A base inicial para essas pesquisas foi a dieta do mediterrâneo, que se refere tradicionalmente às regiões de Creta, a outras partes da Grécia, à Espanha e ao sul da Itália. Essa dieta tradicional é composta por alta ingestão de frutas, vegetais, cereais, nozes, peixes, feijões, pouca quantidade de carne vermelha, moderado consumo de álcool (e, nesse sentido, o destaque é dado ao consumo de vinho tinto), sendo o óleo de oliva a sua principal fonte de gordura. Embora o consumo de leite seja moderado, o de queijo e iogurte é alto (TYROVOLAS; PANAGIOTAKOS, 2010).
O estilo de dieta do mediterrâneo foi incorporado em muitas das recomendações nutricionais, seu estudo iniciou em torno de. Na década de 1960 o departamento de Saúde Pública da Havard University cria a pirâmide alimentar no modelo da dieta do mediterrâneo para que fosse adotada por diversas nacionalidades, inclusive e principalmente, pelos americanos, que já apresentavam problemas de saúde relacionados com a qualidade da dieta alimentar (RUMAWAS et al, 2009).
Há um consenso em que esse padrão de dieta é benéfico para a 23 prevenção das DCNT, desde que associado a um estilo de vida ativo e equilibrado. Essa combinação de alimentos fornece uma dieta com baixa gordura saturada; por outro lado, oferece grande variedade de compostos bioativos com características antioxidantes e antinflamatórias. Como resultado, há uma infl uência na redução do risco de desenvolver doenças cardiovasculares (TYROVOLAS; PANAGIOTAKOS, 2010).

Conclusão
Estratégias de intervenção alimentar na linha da dieta mediterrânea podem reduzir o risco de morbidade, mortalidade prematura e melhorar a qualidade de vida de pessoas em todo o mundo, tendo em vista que os alimentos consumidos na referida dieta são disponíveis em diversos países.
Cabe aos especialistas pesquisar, divulgar, propor estratégias e incentivar a comunidade nas práticas de vida mais adequadas à saúde.

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