Canal de comunicação com os leitores:

Este blog foi criado em 02 de dezembro de 2009,
como suporte aos meus alunos, contudo, estou aposentada desde 10 de março de 2012, sem atividade de ensino, não tendo mais interesse de desenvolver alguns assuntos aqui postados. Continuo com o blog porque hoje está com > 237.000 visitantes de diversos lugares do mundo. Bem-vindo ao nosso ambiente virtual. Retorne com comentários e perguntas: lucitojal@gmail.com.
http://www.facebook.com/luci.tojaleseara

Tenho 17 vídeos no youtube: lucitojaleseara.

São muitas as postagens, cerca de 400, veja a lista de marcadores no lado direito do blog.

Falo sobre composição, valor nutritivo dos alimentos e biodisponibilidade dos nutrientes. Interações entre nutrientes: reação de Maillard e outras reações com proteínas, principalmente AGEs (Advanced Glycation End Products) e a relação desses compostos com as doenças crônicas: Diabetes, Alzheimer, câncer, doenças cardiovasculares entre outras. Atualmente, dedico-me mais ao conhecimento dos AGEs (glicação das proteínas dos alimentos e in vivo).

"Os AGEs (produtos de glicação) atacam praticamente todas as partes do corpo. É como se tivéssemos uma infecção de baixo grau, tendendo a agravar as células do sistema imunológico. O caminho com menos AGEs; escapa da epidemiologia dos excessos de alimentação" disse Vlassara. http://theage-lessway.com/

ATENÇÃO: A sigla AGEs não significa ácidos graxos essenciais.

Consulte também o http://lucitojalseara.blogspot.com/ Alimentos: Produtos da glicação avançada (AGEs) e Doenças crônicas.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

368- Lançamento de Livros da Fanut/Ufal na IV Bienal Internacional do Livro de Alagoas


Convidamos a comunidade da Faculdade de Nutrição (FANUT), da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), para o lançamento dos livros “Sabores Sem Trans”, “...3,4 Feijão com arroz no prato” e “Manual de uso e interpretação das DRIs na análise quantitativa de inquéritos dietéticos”, a ocorrer no dia 28 de outubro, às 19 horas, na V Bienal Internacional do Livro de Alagoas, no Centro de Convenções Ruth Cardoso, através da Editora da Universidade Federal de Alagoas (EDUFAL).
O livro “Sabores Sem Trans” foi desenvolvido por integrantes do projeto de extensão “ZeroTrans: preparações alimentares isentas de gorduratrans para a saúde da população”, da FANUT/UFAL, coordenado pela Profa. Ms. Manuela Mika Jomori,em parceria com o SESC – Serviço Social do Comércio e Restaurante Universitário (RU/UFAL).Este livro explica o que é gordura trans, seus malefícios à saúde e apresenta dicas de como substituí-la na alimentação, com receitas desenvolvidas ao longo de um ano de atuação do projeto junto à comunidade, com o intuito de propagar práticas alimentares saudáveis, sem gordura trans.
O livro “...3,4 Feijão com arroz no prato” foi elaborado pelo grupo do Laboratório de Nutrição em Cardiologia e Co-morbidades (NUTRICARDIO) da FANUT/UFAL, coordenado pela Profa. Dra. Sandra Mary Lima Vasconcelos, com apoio da Diretoria de Promoção da Saúde (DIPS)/Secretaria Estadual de Saúde de Alagoas (SESAU-AL). Este livro consiste num importante instrumento de educação alimentar e nutricional, uma vez que visa à propagação de uma alimentação saudável, com estímulo ao consumo de feijão com arroz, prato típico do brasileiro, sendo produto do projeto de extensão “Feijão com arroz” também da FANUT/UFAL. Este trabalho tem se destacado na comunidade científica e na mídia, com a exibição recente de uma matéria sobre o feijão com arroz no Jornal Hoje da TV Globo.
O livro “Manual de uso e interpretação das DRIs na análise quantitativa de inquéritos dietéticos”, o qual também foi elaborado por integrantes do grupo NUTRICARDIO, trata das recomendações de ingestão de nutrientes e sua aplicação no estudo do consumo alimentar, avaliado a partir da aplicação de inquéritos dietéticos populacionais. É um guia prático na interpretação dessas recomendações usualmente realizada por profissionais e estudantes de Nutrição.

Outro evento: ASSOCIAÇÃO ALAGOANA DE NUTRIÇÃO (ALNUT)
Centro de Convenções de Maceió
31/out a 2/nov de 2011

domingo, 9 de outubro de 2011

terça-feira, 4 de outubro de 2011

366- Prato da alimentação saudável -Harvard

Departamento de Nutrição da Escola Harvard de Saúde Pública.

Este guia busca superar as falhas de seu antecessor, o MyPlate, lançado este ano pelo governo dos Estados Unidos.

O MyPlate indica apenas a proporção de cada classe alimentar na refeição, sem especificar quais as opções mais saudáveis.

http://hsph.harvard.edu/nutritionsource/


Esta é o prato da Alimentação Saudável que recomenda:

Metade da sua refeição deve ser constituída de vegetais e frutas. Procurar variedade entre este alimentos. Contudo, ter em mente que as batatas e batatas fritas não devem ser consumidas devido seu alto teor em amido.
Escolha cereais integrais sempre que puder. Limitar o consumo de grãos refinados, como arroz branco e pão branco, porque o corpo rapidamente os transforma em açúcar no sangue.
Escolha as mais saudáveis ​​fontes de proteína, como peixe, aves, feijões e nozes; diminuir a carne vermelha, evitar bacon, carnes em conserva, e outras carnes processadas.
Óleos saudáveis ​​(como azeite de oliva e canola) devem ser consumidos. Não tenha medo de usá-las para cozinhar, na salada e à mesa. Não para fritar, aliás as frituras devem ser evitadas.
Beber água, chá ou café.
Leite e seus derivados -limitá-los a 1-2 porções / dia. Vá devagar com suco. Evite bebidas açucaradas.
E permanecer ativo!

Comer o alimento natural. Essa é a essência da mensagem de hoje da nutrição. Nosso conhecimento de nutrição deu uma volta completa, preferir o alimento que é o mais próximo possível à maneira como a natureza o fez. Baseado em uma base sólida de ciência da nutrição atual, Eating Harvard Relatório Especial de Saúde Saudável: Um guia para a nutrição novos descreve como comer para uma ótima saúde.
http://www.health.harvard.edu/plate/comparison-of-healthy-eating-plate-and-usda-myplate







http://youtu.be/yLgL9lop-GI

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

365- Relevância fisiológica de melanoidinas dietética

Um pré-requisito para componentes da dieta ter um efeito biológico é a sua biodisponibilidade, com exceção relevante do efeito dentro do trato gastrointestinal.

Em geral, a biodisponibilidade de alto peso molecular de Produtos da reação de Maillard (MRPs) é assumida ser altamente limitada, enquanto que  baixo MRPs molecular, em especialmente quando administrado como livre, compostos não-ligados a proteína, quantidades substanciais pode ser detectada na urina após a ingestão dietética (Somoza 2005). Portanto, quando falamos em AGEs, estamos falando de adutos livres, que são absorvidos em proporções que variam conforme diversos autores, isto é, diferentes autores estudaram adutos de livres isoladamente, mostrando absorção variada de cada tipo de aduto, entenderam?

Os primeiros dados metabólicos do trânsito de frutosilisina como um composto de Amadori em voluntários humanos foram relatados por Erbersdobler et al. (1986), mostrando que a excreção urinária
de frutosilisina administrada por via oral é de cerca de 3%, enquanto excreção fecal pode ser estimada em cerca de 1%.  Estes dados confirmou uma hipótese feita 16 anos antes (Erbersdobler et al. 1970), quando os microorganismos intestinais foram pensados ​​para degradam produtos Amadori. A prova desta hipótese foi finalmente, fornecida pelo Wiame et al. (2002) que descobriu o enzima frutosamina-6-quinase, que permite a Escherichia coli e outras espécies de metabolizar produtos Amadori. Nos últimos 20 anos, alguns estudos mais focados na metabolismo dos alimentos derivados de MRPs (para revisão, ver Faist e Erbersdobler 2001; Bergmann et al. 2001; Somoza et al. 2005, 2006), todos demonstrando uma taxa de absorção de MRPs LMW de até 30%, dependendo da estrutura e da dose administrada.

Bergmann et al. (2001)  usou PET para monitorar biodistribuição e eliminação de radiofluorinatado Ne-carboxymethyllysine (CML). Os autores descobriram que o composto foi rapidamente absorvido e transportado para a circulação, seguido por uma excreção através dos rins.

Melanoidinas de alto peso molecular, Finot e Magnenat (1981) relataram uma taxa de excreção urinária de um 10.000 de uma fração  marcada com C14, aquecida a 100° C, mistura de caseína / glicose de 4,3%, em oposição a uma excreção urinária de 27% da dose administrada para o LMW fração abaixo de um peso molecular de 10000 Da.
Tomado juntos, há indícios de que baixa e até mesmo alta MRPs molecular estão sendo absorvidos pelo menos até certa medida, embora dados relativos ao trânsito metabólica para uma estrutura de MRP mostrando uma bioatividade-estrutura específicos, tais como um antioxidante atividade in vivo ainda são insuficientes. Alimentos submetidos a tratamento térmico, no entanto, constam de numerosos estudos de intervenção em animais e os seres humanos realizados visando a sua capacidade de aumentar a capacidade antioxidante no plasma ou tecidos. Em relação melanoidinas, estudos em ratos sugeriram que eles são absorvidos, provavelmente após alguma modificação por enzimas intestinais  e / ou microorganismos. Curiosamente, em estudos realizados por Finot e Magnenat (1981), um LMW fração não era detectado por cromatografia em gel na fezes de ratos alimentados com uma dieta contendo melanoidinas HMW 2%, mas as melanoidinas excretadas tiveram uma proporção ainda menor de componentes LMW do que o original.

Portanto, pode-se especular que mesmo os melanoidina HMW fração na dieta foi degradado em frações LMW por microorganismos intestinais, e estes produtos foram absorvidos nos intestinos. No entanto, mesmo não absorvidas melanoidinas podem provocar efeitos benéficos passando pelo intestinos (Gokmen et al. 2009).
A ingestão diária de melanoidinas de diferentes fontes está na ordem de grandeza da quantidade recomendada para ingestão de fibra alimentar que é de 30 g / dia. No entanto, melanoidinas não se enquadram na definição de fibra dietética porque elas não são exatamente polissacarídeos naturalmente' presentes em alimentos crus, são formados no processamento e além disso elas incluem uma molécula de  aminoácido e proteínas além de polissacarídeos.
Por outro lado, há evidências de que melanoidinas realmente se comportam como fibra dietética, sendo largamente indigesríveis por seres humanos e fermentadas no intestino. comparando melanoidinas com os vários tipos de recursos naturais polissacarídeos, uma semelhança estrutural com arabinoxilanos dos cereais.

A outra característica fundamental que deve ser investigada para qualquer ingrediente alimentar não digerível é a capacidade de promover o crescimento de bactérias benéficas no intestino grosso.
Esta importante propriedade é atribuída a compostos prebióticos em alimentos. Em geral, "substância pré-biótica" o termo refere-se a fibra dietética solúvel (fruto-oligossacarídeos e inulina) que é capaz de modificar o equilíbrio intestinal de microorganismos, principalmente aumentando a concentração de lactobacilos e bifidobactérias (Gibson et al. 2004).

Dados de estudos em humanos e animais têm demonstrado que melanoidinas alimentares não são digeridos no trato gastrintestinal superior e elas são principalmente recuperada nas fezes (Faist e Erbersdobler 2001). Portanto, melanoidinas alimentares, como parte de material indigerível do alimento que chega ao intestino grosso, pode ser metabolizada pelos microrganismos do intestino e pode ser considerado como um potencial material prebiótico. A este respeito, primeiras investigações foram abordados por Erbersdobler et al. (1970) e Horikoshi et al. (1981) sobre o efeito de MRPs sobre os microrganismos em ratos. Mais tarde estudos mostraram que a digestão de melanoidinas escapam e passam através do trato gastrointestinal superior, onde podem interagir com as diferentes espécies microbianas presentes no intestino grosso (Finot e Magnenat 1981).

Ames et al. (1999) testaram a atividade prebiótica de albumina de soro bovina glicada -BSA, mas não foram encontrados efeitos benéficos. Mais tarde, Dell'Aquila et al. (2003) mostraram que produtos de baixa massa molecular  formados por peptídeos e tripepitídeos digeridos de melanoproteinas, são capazes de alterar o crescimento de bactérias.
Borrelli e Fogliano (2005) investigaram a potencial atividade prebiótica por uma cultura com melanoidinas isolado do pão. Os resultados mostraram que bactérias anaeróbias, particularmente cepas bifidobactérias, são capazes de usar melanoidinas da crosta de pão como única fonte de carbono. O crescimento bacteriano foi diferente para os diversos tipos de amostras de melanoidina, indicando que o  material e as condições de processamento têm uma forte influência sobre o potencial prebiótico das melanoidinas  do pão. Em particular, foi possível notar que após cerca de 10 h de fermentação do pão, resultando assim melanoidinas de apoio ao crescimento bifidobactérias, enquanto as outras bactérias consideradas (Clostridia, Bacteroides spp., Estreptococos e Enterobacteriacea) mostraram uma aptidão limitada para usar as melanoidinas.
Em conclusão, melanoidinas da crosta de pão pode ser metabolizada / fermentada pelos microrganismos do intestino grosso humano.
Estas melanoidinas seletivamente aumentam o crescimento de bifidobactérias, que são bactérias desejáveis ​​no intestino devido às suas propriedades promotoras à saúde.

Nunes e Coimbra (2007) também demonstraram que melanoidinas do café que são principalmente constituídos por polissacarídeos, como arabinogalactanos e galactomananas tem um bom potencial prebiótico.
Recentemente, uma série de artigos publicados pelo grupo de Bunzel da Universidade de Minnesota (Gniechwitz et al. 2008a, b; Reichardt et al. 2009) mostraram que melanoidinas do café definitivamente se comportam como uma fibra dietética solúvel desde elas sejam fermentadas pelos microrganismos no intestino. Alta quantidades de acetato e propionato foram produzidos após degradação microbiana de componentes de alto peso molecular do café; os autores também apontam que a maior parte do efeito
é devido a galactomananas e arabinogalactanos que estão também presentes na fração de alto peso molecular do café.
As atividades biológicas também pode ser atribuídas à produtos de degradação da melanoidinas no intestino grosso.


Francisco J. Morales, Veronika Somoza, Vincenzo Fogliano. Physiological relevance of dietary melanoidins. Amino Acids , pp. 1-13. Article in Press

364-Aspectos benéficos do processamento de alimentos

Aspectos benéficos do processamento de alimentos com foco principal na cozinha / tratamento térmico, incluindo outras técnicas de processamento de alimentos (por exemplo, fermentação). Benefícios do processamento térmico incluem inativação de patógenos, toxinas naturais ou outros componentes prejudiciais, o prolongamento do prazo de validade, a digestibilidade e biodisponibilidade de nutrientes, palatabilidade melhorada, textura e sabor e melhores propriedades funcionais, incluindo aumentado antioxidantes e outras defesa da eficácia antimicrobiana aumentada. Processamento térmico pode trazer algumas conseqüências não intencionais indesejáveis, tais como perdas de determinados nutrientes, formação de compostos tóxicos (acrilamida, furano ou acroleína), ou de compostos com efeitos negativos sobre a textura, sabor percepção, ou cor. Tratamento térmico de alimentos precisa ser otimizado a fim de promover efeitos benéficos e para contrariar, para o melhor possível, os efeitos indesejáveis. Isto pode ser conseguido de forma mais eficaz / forma sustentável por meio do ajuste fino consistente de processos tecnológicos, dentro de condições normais de cozimento doméstico. Os pontos mais importantes identificados para posteriores estudos estão informações sobre os alimentos processados ​​a serem considerados no trabalho epidemiológico, bases de dados deve ser construído para estimar o consumo de compostos de alimentos processados​​, a tradução de ensaios in vitro resultados para in-vivo relevância para a saúde humana devem ser trabalhado, processos térmicos e não térmicos devem ser otimizados pela aplicação dos princípios de cinética.
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/mnfr.200900608/pdf

Martinus van Boekel et al. A review on the beneficial aspects of food processing. Mol. Nutr. Food Res. 2010, 54, 1215–1247

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

363 - FAO disponibiliza Tabela de Composição de Alimentos da América Latina


A necessidade de se contar com informação sobre composição de alimentos atualizada, adequada e confiável é cada dia mais importante para os países da América Latina.
A presente edição da Tabela de Composição de Alimentos da América Latina contém dados proporcionados pela Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Honduras, México, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. E é parte de um esforço organizado para disponibilizar informações regionais atualizadas, documentadas e, especialmente, próprias dos alimentos da região.

Clique em INTRODUCCIÓN para busca dos alimentos, conforme instruções da página.
Muitos alimentos não apresentam informações completas, somente de alguns nutrientes.







362- IBGE

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pof/2008_2009_composicao_nutricional/pofcomposicao.pdf


Seguem links das publicações do IBGE a partir da última Pesquisa de Orçamento Familiar (2008-2009).


É POSSÍVEL NESTE DOCUMENTO VER DEFINIÇÕES DE PORÇÕES E MEDIDAS


domingo, 7 de agosto de 2011

360- Alimentar é sempre melhor do que suplementar: adequação do cálcio

Alimentar é sempre melhor do que suplementar: adequação do cálcio

http://comersemculpa.blog.uol.com.br/
As recentes descobertas a cerca dos riscos da suplementação de cálcio traz de volta um tema muito polêmico e polarizado na classe médica, a suplementação nutricional. Há muito sabemos dos riscos que envolvem essa prática e sua aparência inofensiva. Os dados científicos dos últimos grandes trabalhos foram inquestionáveis à cerca do risco em relação à suplementação das vitaminas E, C e Betacaroteno.
Com essa noção do risco da suplementação, o que fazer diante dos recentes dados do IBGE que revelam a inadequação do consumo de cálcio em todas as faixas etárias dos brasileiros. Os dados da última pesquisa de orçamentos familiares (POF) 2008-2009 que acabam de ser divulgados são alarmantes e devem mobilizar os profissionais da saúde envolvidos com a nutrição, no sentido de darem maior ênfase a esse detalhe da dieta. O brasileiro precisa ingerir mais cálcio. Seja ele criança, adolescente, adulto ou idoso.
O cálcio é componente fundamental de todas as células do organismo. Apesar de ser associado à saúde óssea, o cálcio também é fundamental para o controle da pressão arterial, transmissão de impulsos nervosos, contração muscular e secreção de hormônios como a insulina. O maior conteúdo de cálcio do nosso corpo está em dentes e ossos, cerca de 99%.
As necessidades desse mineral são maiores na adolescência, devido ao estirão de crescimento; na gestação, devido às necessidades adicionais do bebê e na menopausa, quando a redução do hormônio feminino faz com que a mulher perca um dos seus principais mecanismos de fixação do cálcio os ossos.
Entre as atuais evidências da inadequação do cálcio da dieta e a nossa necessidade de adequação da mesma, uma questão é bem clara. Não são os suplementos de cálcio a nossa saída para esse impasse e sim a melhoria da dieta. Como fazer para conseguirmos atingir a ingestão média de 1000mg de cálcio por dia através dos alimentos? Eis as dicas:
(1) As principais fontes de cálcio são leites e derivados. Não se iludam com os queijos amarelos, pois são mais calóricos e devem ser consumidos em quantidades que não atendem às necessidades de cálcio.
(2) O leite desnatado tem a mesma quantidade de cálcio que o integral.
(3) O cálcio ingerido junto com as refeições é menos absorvido, portanto a mussarela de búfala ingerida na salada e o queijo dos gratinados, molho branco e massas praticamente não contam.
(4) As verduras verdes escuras, apesar de serem fontes de cálcio, contem quantidades muito pequenas, cerca de 40mg de cálcio por 100g de alimentos.
(5) Para os intolerantes à lactose, temos o leite de vaca sem lactose disponível no mercado e os leites de soja originais não são uma boa opção por não conterem cálcio.
(6) Para as crianças, é sempre importante lembrar que elas não devem substituir o leite por sucos ou refrigerantes e que os lanches escolares devem sempre contar com uma fonte de cálcio como uma fatia de queijo frescal em um sanduiche, ou um iogurte ou uma bebida láctea.
(7) Para os adultos, principalmente mulheres e idosos, as necessidades podem ser alcançadas com a ingestão de 3 fontes de cálcio como um copo de leite, uma fatia grossa de queijo e um iogurte, em variações de acordo com as preferências individuais.
(8) Finalmente, laticínios e leite de soja suplementados de cálcio podem auxiliar nessa adequação e, em situações especiais como nos casos de osteoporose instalada, devemos manter as necessidades adequadas, mesmo que para isso tenhamos que suplementar uma parte.

sábado, 6 de agosto de 2011

359- Diabete vídeo legendado- contém AGEs




Este video pertence a askinsiderdoctors.com -- Aqui pode ser visto com legenda em português. Ele explica como ficamos diabéticos e a prescrição de insulina como fator agravante do quadro. Explica o que podemos utilizar para melhorar o metabolismo do açúcar.


A quantidade de AGEs formados apenas de ter açúcar elevado no sangue (hiperglicemia) em um determinado dia é modesto quando comparado com a quantidade que estamos propensos a ingerir com a comida no mesmo dia. 
Na verdade, os níveis sanguíneos de AGEs em muitas pessoas saudáveis ​​que consomem uma dieta rica em AGE "ocidental" pode muito bem ser tão alto ou até mesmo maior do que em pessoas diabéticas. Isso tornaria mais provável para que eles desenvolvam diabetes.





Os AGEs são importantes na etiopatogenia do diabetes tipo II porque modificam proteínas intracelulares, de matriz celular e proteínas circutantes (Brownlee, 2004). Os AGEs são os principais responsáveis pela retinopatia, nefropatia e neuropatia diabética, já que se ormam intracelularmente e extracelularmente (Ahmed, 2005), são provenientes de alimentos (Vlassara e Uribarri, 2004), cigarro (Cerami et al., 1997) e são prejudiciais independentemente da hiperglicemia.


358- Os queijos cottage, requeijão tradicional light e minas frescal estão entre os que têm mais baixos teores de colesterol.

http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1668857-15605,00-PARMESAO+E+CAMPEAO+DE+GORDURA+SATURADA+E+COLESTEROL+ENTRE+QUEIJOS.html#


Parmesão é campeão de gordura saturada e colesterol entre queijos

Os queijos cottage, requeijão tradicional light e minas frescal estão entre os que têm mais baixos teores de colesterol.

Para ajudar o consumidor a ter hábitos cada vez mais saudáveis, o Inmetro decidiu testar os níveis de gordura de nada menos que dezessete tipos de queijo - os mais populares entre os brasileiros.
Veja o relatório completo do Inmetro sobre queijos
A pesquisa mostrou um resultado bastante interessante. ‘Em geral, os queijos light efetivamente têm um teor de gordura menor do que os tradicionais, mas eles apresentam um preço um pouco maior’, explica Alfredo Lobo, diretor do Inmetro.

Dos seis tipos de queijo light avaliados pelo Inmetro, o campeão de redução de gordura foi minas frescal light, com 71% menos do que o minas frescal tradicional. Logo depois vieram o requeijão light, o queijo minas curado light, o requeijão adicionado light e a muçarela light. E não estranhe, é com cedilha mesmo. Já o queijo prato light é só 14% menos gorduroso que o prato tradicional.

Entre os queijos mais gordurosos, o primeiro lugar disparado ficou com o parmesão. Em 100 gramas, quase um terço é pura gordura. Depois vem o queijo minas curado: 27,7%. A muçarela aparece em terceiro lugar.

Já os mais leves são o minas frescal light (3,3%), o queijo cottage (8,3%) e o requeijão tradicional light (8,5%).

O Inmetro mediu também a quantidade de colesterol dos queijos. Adivinha qual deles apareceu em primeiro lugar? O parmesão. Seguido pela mussarela e pelo queijo prato. Mas pior que o colesterol é a gordura saturada.

‘A gordura saturada quando a gente come, ela se transforma quase três vezes mais em colesterol dentro da gente’, relata Carlos Scherr, cardiologista e consultor do Inmetro.

E mais uma vez deu parmesão na cabeça: 100 gramas desse queijo salgadinho, saboroso, delicioso e lá se vão quase 90% do máximo de gordura saturada que uma pessoa deve ingerir em um dia. O queijo minas curado (88%) e a mussarela (78%) também não estão muito atrás.

‘Procure um queijo que tenha menos gordura saturada’, aconselha Scherr. São os casos do minas frescal light, do cottage e do requeijão light adicionado.

O cottage, o requeijão tradicional light e o minas frescal estão entre os mais baixos teores de colesterol. Só perdem para o chamado requeijão cremoso adicionado, que tem amido e gordura vegetal na sua composição.

O requeijão adicionado pode até não ter muito colesterol. Mas entre os queijos testados, apareceu como o grande campeão em gordura trans.

"A gordura trans é pior do que a gordura saturada", alerta o cardiologista.

‘Inibe a formação do bom colesterol e estimula a produção do colesterol negativo, aquele colesterol que é nocivo à saúde’, diz Lobo.

O requeijão adicionado chega a ter quatro vezes mais gordura trans do que o queijo parmesão, olha que coisa.

‘Não é a melhor opção. Se você gostar dele, consuma ele em pequena quantidade’, recomenda Scherr. ‘Nenhum queijo tem necessidade de ser abolido. Alguns queijos você pode comer mais, outros você pode comer menos’, explica.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

357- Biodisponibilidade de nutrientes

http://www.ilsi.org.br/fortificadosla/apresentacoes/Silvia_Cozzolino.pdf

http://www.nutritodos.com.br/03/08/2009/716/ Entrevista com Sívia Cozzolino.

http://nutricaosimplificada.blogspot.com/
Este blog foi criado com o objetivo de levar até você conhecimento sobre o tema Biodisponibilidade de Nutrientes, um assunto bastante complexo e muito relevante na área de Nutrição. Bons estudos!

domingo, 10 de julho de 2011

356 - Componentes funcionais antiglicantes ou antioxidantes

Falo sobre alguns Anti-AGEs, Antiglicantes e antioxidantes.
 Níveis de AGEs teciduais e no soro estão aumentadas no diabetes e estudos experimentais têm mostrado que a interação dos AGEs com o receptor para os produtos finais da glicação avançada (RAGE) desempenham um papel importante no desenvolvimento e progressão de complicações vasculares diabéticas. Intervenções que reduzem o acúmulo de AGE parecem proteger contra o desenvolvimento de complicações diabéticas.
A aminoguanidina reduz os níveis de AGEs no tecido de diabetes experimental e retarda o desenvolvimento de retinopatia, neuropatia e nefropatia

Ícone de alerta
Seu vídeo estará ativo no momento em que clicar:


Olá meus amigos e companheiros de trabalho.
Tenho trabalhado bastante para os cursos de Nutrição, já que estou disponibilizando para o público em geral. Recentemente, aproveitando ter instalado, a título experimental por 1 mês, o Camtasia no meu computador, fiz 19 vídeos em 30 dias. Foi tanto a pressa que sei que deve ter muita coisa precisando de correção, mesmo assim resolvi colocá-los no youtube. Gostaria de ter um retorno, comentários sobre os vídeos, pois posso tirá-los de circulação.

O meu blog, Alimentos e Nutrição- Processamento e Alterações, já tem 101.239 visitantes e 55.962  máquinas de computador diferentes, em 11/07/2011. Realmente, posso dizer que estou fazendo educação, será que certa ou errada? ...rs.

Gostaria de melhorar a minha produção e preciso de críticas de quem entenda e quem possa contribuir, porque está na linha de frente. Aguardo o pronunciamento de vocês, não tenham medo de fazer críticas.
Abraços,
Profª. Luci Tojal e Seara
FANUT/UFAL e Nutrição UFPE
lucitojal@uol.com.br

355- Algumas considerações sobre o valor nutritivo dos ovos de galinha

Qualidade das proteinas dos ovos, modificações após a postura do ovo, Biodisponibilidade de aminoácidos e do ferro. Falo sobre a formação da Lisinoalanina e Fosvitina do ovo que complexa o ferro
http://www.youtube.com/watch?v=yxwdg8xOrC4

sábado, 9 de julho de 2011

354- Efeito da fervura, do calor e do congelamento na qualidade protéica do leite cru

http://www.youtube.com/watch?v=1W2hc-ZIMM0



Falo sobre a qualidade do leite de vaca, biodisponibilidade de seus aminoácidos nos diversos tipos de leite. Formação de Furosina, Lisinoalanina e Carboximetillisina (AGE). Qualidade das proteínas do leite cru, congelamento, pasteurizado, UHT, e fervura.

353- Qualidade nutricional e segurança das fórmulas a base de leite

http://youtu.be/n4PmXlnWm-Y



Falo sobre a qualidade nutricional e segurança das fórmulas a base de leite, observadas pela Lisinoalanina e CML, marcadores de danos proteicos e diminuída digestibilidade.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

352- Um dos perigos do consumo de carnes fritas, assadas e grelhadas.mp4

Formação das aminas heterocíclicas aromáticas em carnes fritas, assadas e grelhadas, devido a temperatura e tempo utilizado no processamento. Tais substâncias são mutagênicas e carcinogênicas.

http://www.youtube.com/watch?v=MPsddgPmBEY

segunda-feira, 4 de julho de 2011

351-Uma visão da Bromatologia para os cursos de Nutrição

Profª da UFPE e da UFAL fala sobre a disciplina Bromatologia no Curso de Nutrição. Uma visão particular.

http://youtu.be/-EdmicZYAhs

domingo, 3 de julho de 2011

350- Redução de riscos de Aminas heterocíclicas aromáticas

http://www.youtube.com/watch?v=lUNwTaUVVfo

349- Lisinoalanina vídeo nosso

http://www.youtube.com/watch?v=D9zSkZyO5_c

348- Toxinas durante o processamento

MARQUES, Anne y Castro; VALENTE, Tessa Bitencourt  and  ROSA, Cláudia Severo da. Formação de toxinas durante o processamento de alimentos e as possíveis conseqüências para o organismo humano. Rev. Nutr. [online]. 2009, vol.22, n.2, pp. 283-293. ISSN 1415-5273.


http://www.scielo.br/pdf/rn/v22n2/v22n2a10.pdf

domingo, 26 de junho de 2011

344- AGEs dietético- 3ª Parte

http://www.youtube.com/watch?v=DvLjU7MxCCo





 Vias químicas que levam à formação de AGEs. Bases de Schiff são produzidas durante a condensação da reação glicose-proteína.  Reativas dicarbonilas precursores de AGEs são formados através da degradação da base de Schiff e intermediários (Namiki caminho) ou através de auto-oxidação dos açúcares redutores catalisadas por metal  (Wolff pathway).
Processamento de alimentos, especialmente o aquecimento  prolongado, tem um efeito acelerador na geração de AGEs e uma proporção significativa dos AGEs ingeridos é absorvida com os alimentos.

Alimentos preparados em altas temperaturas e sem adição de água – como uma carne muito grelhada – possuem altos níveis de AGEs (produtos finais da glicação), também levam ao dano às células e ao colágeno, tal qual o causado pelo açúcar. Mas alguns ingredientes podem inibir a ação desses AGEs, como canela, orégano, pimenta, alho e gengibre, assim como os ricos em antioxidantes, que agem contra danos provocados pelos chamados radicais livres.
Vídeo elaborado por Luci Tojal e Seara, em 26/11/2011, colocado no YOUTUBE, como parte de uma educação a distância.

343- Produtos de Glicação Avançada e doenças crônicas Parte 2

http://www.youtube.com/watch?v=BsyQpPsAai8



AGEs são espontaneamente produzidas em tecidos humanos e estão na circulação como parte do metabolismo normal e se acumulam durante o período normal de envelhecimento. O processo é acelerado em condições de hiperglicemia e maior estresse oxidativo e tem sido implicado na progressão de doenças relacionadas à idade, tais como diabetes mellitus, aterosclerose, insuficiência renal crônica e doença de Alzheimer.
Tanto MG e AGEs podem induzir o estresse oxidativo, inflamação e disfunção mitocondrial e estão implicados nas complicações da diabete, relacionadas com as doenças neurológicas relacionadas a idade.
Vídeo elaborado por Luci Tojal e Seara em 2011

342- Formação, absorção e atuação dos AGEs (Produtos de Glicação) Parte 1.mp4

http://www.youtube.com/watch?v=0ud9Cv7H9JU




Estruturas típicas das espécies reativas carbonílicas.
3-Deoxilicosona; Glioxal e Metilglioxal

quinta-feira, 23 de junho de 2011

quarta-feira, 22 de junho de 2011

340- Vídeo sobre formação de AGEs por Luci Tojal e Seara

1º vídeo. AGEs: formação endógena e no alimento, ação no organismo, absorção dos AGEs dietéticos. No 2ª vídeo: Quantidade de AGEs nos alimentos e sua relação com doenças crônicas. Quer saber mais sobre AGEs? A Profª Luci Tojal e Seara, aposentada da UFPE, está disponível para ministrar cursos na sua Universidade e para integrar equipes de educação a distância. http://lucitojal.blogspot.com/. lucitojal@uol.com.br.


Animais e em estudos in vitro demonstraram que AGEs podem causar uma série de efeitos adversos ao nível celular e tecidual. Estes incluem a redução da atividade enzimática, danos aos ácidos nucléicos, cross-linking e degradação prejudicada de proteínas e indução de caminhos citotóxicos.

domingo, 19 de junho de 2011

sábado, 18 de junho de 2011

338- Esplicações sobre o MyPlate, vídeo de nossa autoria

http://www.youtube.com/watch?v=b0eD9_0jYL4



Tentei apresentar o MyPlate neste vídeo, será que consegui? Gostaria de ter comentários a respeito.

Desde junho de 2011, o novo guia alimentar nos EUA é o “Choose My Plate”, em substituição à antiga pirâmide alimentar. Agora, a população americana deve se orientar por este guia criado pelo USDA ( United States Department of Agriculture ). A intenção é ajudar as pessoas a decidir o que colocar em seus pratos para seguir uma alimentação saudável e diminuir os níveis de obesidade.

O programa consiste em um prato dividido em 4 grupos alimentares: frutas, grãos, vegetais e proteína, além de um copo que representa o grupo dos lacticínios. Além disso, eles dão destaque a 7 mensagens que devem ser aplicadas no dia-a-dia:
Aproveite sua refeição, mas coma menos;
Evite porções muito grandes;
Componha a metade de seu prato com verduras e frutas;
Metade de seus grãos devem ser sob a forma integral;
Opte por leite desnatado ou semi desnatado;
Compare o sódio nos alimentos como sopas, pães e alimentos congelados e opte pelo o de menor valor;
Beba água ao invés de bebidas açucaradas.
O guia é muito válido, porém é feito de acordo com o hábito e cultura americana, que, por exemplo, inclui leite em suas refeições como almoço e jantar – quanto a isso, vale uma ressalva: o Cálcio dos lacticínios interfere na absorção do ferro presente em alimentos como feijões e carnes, o que pode comprometer a absorção deste mineral.

Deixe o novo USDA alimentos ícone "MyPlate", que substituiu o "MyPyramid" guiá-lo no planejamento de suas refeições. "MyPlate" é dividido em quatro seções, que são o alimento colorido grupos-vermelho para frutas, vegetais verde para, laranja para grãos, e de púrpura para a proteína com uma seção separada azul para lácteos no lado e segue as novas orientações dietéticas EUA para os americanos. Siga as porções recomendadas para cada grupo de alimentos em www.myplate.gov.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

segunda-feira, 6 de junho de 2011

336- MyPlate

02 de junho de 2011

Foi revelado oficialmente, a nova orientação dietética dos USDA tem sido simbolizada na forma de um prato chamado MyPlate. Esta idéia não é novidade para dietistas, uma vez que tem sido ensinado há anos. É uma maneira melhor para o USDA ensinar ao público como traduzir suas diretrizes sobre o que a população deve estar colocando em seus pratos.

MyPlate faz parte de uma iniciativa de comunicação com Dietary Guidelines for Americans 2010  para ajudar consumidores a fazer melhores escolhas alimentares.
MyPlate é projetado para lembrar aos americanos a alimentar-se saudavelmente, mas não destina-se a mudança de comportamento do consumidor sozinho.
MyPlate ilustra os cinco grupos de alimentos usando uma refeição familiar.


Equilibrar as calorias
● Aprecie a sua refeição, mas procure comer menos.
● Evite porções grandes.
Aumentar o consumo de certos alimentos:
● Consumir frutas a metade da quantidade de legumes.
● Consumir grãos e, pelo menos, metade deve ser de grãos integrais.
● Mude para o leite desnatado ou de baixo conteúdo em gorduras (1%).
Reduzir o consumo de certos alimentos:
● Compare conteúdo de sódio em alimentos como sopa, pão e refeições congeladas - e escolher os alimentos com menor quantidade de sódio.
● Beba água em vez de bebidas açucaradas.
http://www.cnpp.usda.gov/Publications/MyPlate/MyPlateGraphicsStandards.pdf

sábado, 21 de maio de 2011

335- INIBIDORES NATURAIS DA GLICAÇÃO E DA FORMAÇÃO DE AGEs


INIBIDORES NATURAIS DA GLICAÇÃO E DA FORMAÇÃO DE AGEs

ROSE CAROLINNE CORREIA DA SILVA

MESTRANDA EM NUTRIÇÃO
carolinne_ufal@hotmail.com
Considerando os efeitos danosos decorrentes da presença de AGEs, são necessárias estratégias que limitem a reação de glicação e a formação de AGEs. Inclui-se entre essas estratégias o controle rigoroso da glicemia em diabéticos, a severa restrição dietética calórica e a utilização de anti-glicantes. Contudo, mesmo mantendo a glicemia dentro da normalidade, uma dieta com alto conteúdo de AGEs pode provocar um aumento do pool de AGEs endógenos. Os anti-glicantes incluem substâncias naturais (dietéticas), sintéticas e endógenas. Anti-glicantes naturais incluem substâncias naturalmente presentes em alimentos, nutrientes ou não, e extratos herbais. A ação anti-glicante ocorre através de diversas vias, incluindo: a) competição por aminogrupos em proteínas; b) ligação a proteínas para prevenir o acesso a aminogrupos; c) impedir que cadeias abertas de açúcares glicantes sejam formadas; d) ligação a intermediários da glicação para prevenir sua progressão para AGEs; e) reação com as carbonilas dos açúcares, tais como, arginina, poliaminas, carnosina; f) atenuação da glicoxidação e/ou estresse oxidativo pelo sequestro de íons metálicos, compostos 1,2-dicarbonil reativos, EROs e espécies reativas de nitrogênio  (ERNs). Os principais alimentos e substâncias naturais com função anti-glicante citados na literatura incluem aminoácidos (arginina, cisteína), peptídios (carnosina), vitaminas (piridoxamina, tiamina), extratos vegetais (Alium sativum, Camellia sinensis, Curcuma longa, Ilex paraguariensis, Passiflora alata, Passiflora edulis, Phaseolus vulgaris, Psidium guajava, Vitis vinifera e Withania somnifer) e compostos fenólicos (kaempferol, miricetina, morin, quercetina, rutina). Destaca-se que, embora seja reconhecido que a glicação é uma reação não enzimática, unidirecional e irreversível, considera-se que a cisteína atue revertendo a glicação através da deglicação (transglicação) de bases de Schiff.

334- Fibras alimentares




http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=aD7VIPqr55Y

A pirâmide alimentar e os guias alimentares recomendam o consumo de 50% dos grãos integrais, além do consumo de hortaliças e frutas como base da alimentação. Todos nós já ouvimos falar que os alimentos integrais contêm fibras e por isso são mais saudáveis. Mas afinal, o que são exatamente as fibras alimentares e quais seus benefícios para a saúde? Basicamente, o termo fibra se refere a um tipo de carboidrato que não pode ser digerido pelo nosso sistema enzimático, ou seja, passa pelo nosso tubo digestivo sem sofrer modificações. Elas estão presentes nas frutas, vegetais, grãos e legumes. Porém, nem todas as fibras são iguais, podendo ser divididas basicamente em dois tipos: solúveis e insolúveis.

As fibras solúveis têm a capacidade de se ligar aos sais biliares, o que pode reduzir o colesterol e consequentemente auxiliar na diminuição do risco de doenças cardiovasculares. Por serem solúveis em água, formam um gel que retarda a absorção dos açúcares pelo tubo digestivo, reduzindo a glicemia pós-alimentar o que é uma ajuda ainda a mais para aqueles indivíduos que tem diabetes.
Elas são encontradas em algumas frutas (principalmente na laranja, maçã e banana) aveia, legumes (ervilha, soja e feijões), outros vegetais como brócolis e cenoura e sementes de psylium.

As fibras insolúveis atuam como laxantes naturais por acelerarem a passagem dos alimentos pelo intestino sendo, portanto, eficientes no auxilio ao tratamento da constipação. Funcionam como uma espécie de esponja, absorvendo líquido, e por isso é fundamental a ingestão de líquidos em quantidade adequada (por volta de dois litros por dia). São encontradas em grãos integrais, como o trigo e vários vegetais como couve-flor, feijões, casca de frutas e batatas.

Recomenda-se o consumo de 20 a 35g de fibras alimentares por dia para um adulto saudável, dependendo de sua ingestão calórica (Exemplo: dieta de 2000 cal/dia deveria incluir 25g de fibras). Para crianças com mais de dois anos, a recomendação é de fazer um cálculo simples para descobrir a quantidade mais indicada. É só somar à idade a cinco gramas de fibras por dia.

Como vimos, as fibras tem grande importância na saúde, mas a média de ingestão da população gira em torno de 15g/dia, ou seja, bem abaixo do recomendado.
http://www.minhavida.com.br/conteudo/11979-Saiba-a-importancia-das-fibras-em-sua-alimentacao.htm

Fontes de fibras insolúveis: cereais (farelos), hortaliças, frutas (com cascas), leguminosas, verduras, trigo, cereais integrais (arroz, pão, torrada).
Fontes de fibras solúveis: aveia, cevada, no bagaço de frutas cítricas, maçã, goiaba, castanha, nozes, ervilha, leguminosas em geral.

Conheça cinco motivos para comer fibras:
1- Aumenta a saciedade: as fibras solúveis absorvem água e formam um gel, permanecendo mais tempo no estômago. Com isso, a sensação de saciedade é mais duradoura.
2- Reduz o colesterol: estudos indicam que, quando combinadas com uma dieta pobre em gorduras, as fibras ajudam a reduzir a taxa do mau colesterol (LDL).
3- Controla a glicose: as fibras promovem a liberação mais lenta e constante de glicose, ajudando a regular os níveis de açúcar no sangue.
4- Facilita a digestão: refeições ricas em fibras exigem uma melhor mastigação, o que torna a digestão mais eficiente.
5- Melhora o funcionamento do intestino: as fibras aceleram a passagem do bolo fecal pelo intestino, evitando prisão de ventre e outras doenças.

domingo, 15 de maio de 2011

333- Respiração pós-colheita

AMARANTE, Cassandro Vidal Talamini do; STEFFENS, Cristiano André and ESPINDOLA, Bruno Pansera. Preservação da qualidade pós-colheita de araçá-vermelho através do tratamento com 1-metilciclopropeno e do acondicionamento em embalagens plásticas, sob refrigeração. Rev. Bras. Frutic. [online]. 2009, vol.31, n.4, pp. 969-976. ISSN 0100-2945.

Observe que o pico da produção de etileno ocorre antes do pico da curva de respiração ou pico climatérico.


Observe abaixo um esquema da curva de respiração de um fruto climatérico hipotético, através da produção de CO2 em relação ao tempo de armazenamento.  Pode ser observado a subida climatérica, o pico climatérico e a senescência. Cada fruto climatérico descreve uma curva diferente em relação a espécie e a temperatura, ou seja, mais ou menos acentuada.


Peço permissão aos autores ...
-KOBLITZ, Maria Gabriela Bello. Matérias-primas alimentícias: composição e controle de qualidade/Maria Gabriela Bello Koblitz, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 301p.
..para colocar o trecho do seu livro abaixo. Está muito bom esta parte do livro que fala no desenvolvimento fisiológico e maturação das frutas e hortaliças.
Frutas e hortaliças continuam como entidades vivas mesmo após a colheita. Ocorrem reações metabólicas e mantém o mesmo metabolismo fisiológico de quando estavam presos à planta-mãe. Antes da colheita, as perdas decorrentes da respiração e da transpiração, por exemplo, são repostas pela planta-mãe, por meio da seiva, que contém água, compostos fotossintetizados (como açúcares e aminoácidos) e minerais. A respiração e a transpiração continuam após a colheita, e a reposição de água e compostos eliminados durante esses processos depende das próprias reservas  e do teor de umidade das frutas e das hortaliças.

Maturação de frutas 

A escolha do momento da colheita de um fruto é um dos fatores que mais influencia na vida útil e na qualidade final do fruto. 
Frutos colhidos imaturos são mais sujeitos a enrugamento e apresentam qualidade inferior quando amadurecem. 
Frutos colhidos muito maduros podem apresentar textura mole e sabor insípido.
Frutas colhidas muito cedo ou muito tarde são mais suscetíveis a desordens fisiológicas.
O desenvolvimento de frutos pode ser dividido em três estágios principais:
Crescimento
Maturação
Senescência 





A figura acima e  abaixo colocadas, ilustram as etapas de desenvolvimento de um fruto. O crescimento ou pré-maturação, ocorre por divisão celular e, posteriormente, por crescimento individual das células. Nesse estágio o fruto ainda depende da planta-mãe para o fornecimento de energia através da fotossíntese, na absorção de água e minerais, no transporte de materiais orgânicos e no controle do processo de desenvolvimento através dos fitormônios: auxina, giberelina e citocinas.
A maturação tem início antes do final do crescimento e envolve diferentes alterações fisiológicas e bioquímicas nos diferentes vegetais.
Nos frutos, o amadurecimento corresponde ao período final da maturação e vai até o início da senescência. 

A atividade metabólica de um tecido vegetal pode ser medida pela taxa respiratória do vegetal, ou seja quando ele absorve oxigênio ou quando ele elimina o dióxido de carbono. O conhecimento da taxa respiratória é importante para avaliação da vida de prateleira dessa matéria-prima.

Os frutos colhidos que apresentam aumento da taxa respiratória durante a fase de amadurecimento (subida climatérica- período que ocorrem as mudanças bioquímicas do amadurecimento, iniciada pela produção autocatalítica do etileno), atingindo a um máximo valor (pico climatérico) e declinando na fase de senescência são conhecidos como frutos climatéricos. Portanto, uma redução no teor de O2 (menos que 10%) ou um aumento de CO2 (5 a 10%) levam a uma redução da taxa respiratória, acima disso leva a anaerobiose.
Temperaturas mais baixas reduzem a taxa respiratória, contudo abaixo de 10°C podem levar o vegetal a processos fermentativos (figura 1.5), com produção de compostos como álcool etílico e acetaldeído. Esta tolerância varia entre as espécies de frutas e hortaliças. A suscetibilidade a injúria (danos pelo frio) no limite mínimo de temperatura varia bastante. A banana sofre injúria pelo frio em temperaturas inferiores a 11°C, enquanto cultivares de maçã e pera podem suportar armazenamento a 0°C por longos períodos.  O congelamento da água pode provocar rompimento da parede celular, acarretando danos à célula.

Temperaturas mais elevadas tornam a maturação mais rápida, mas isso ocorre até 30°C quando pode ocorrer a morte do tecido vegetal (fig. 1.5). A atividade enzimática diminui em temperaturas superiores a 30°C, podendo ter desenvolvimento da cor comprometida, inibição da produção de licopeno (pigmento vermelho do tomate). Temperaturas altas geralmente causam perda de pigmento e o tecido desenvolve uma aparência aguada e translúcida.

As principais mudanças que ocorrem no fruto durante o amadurecimento estão descritas abaixo da figura 1.1:



















A figura ao lado ilustra as alterações físico-químicas ocorridas durante o desenvolvimento do abacaxi.
A senescência ocorre quando os processos bioquímicos anabólicos (síntese) dão lugar aos processos catabólicos (degradação), levando a morte dos tecidos. Durante a senescência o vegetal fica mais suscetível à desidratação e à proliferação de microrganismos.

http://www.lfdgv.ufsc.br/P%F3s-colheita%20Horti.pdf