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Este blog foi criado em 02 de dezembro de 2009,
como suporte aos meus alunos, contudo, estou aposentada desde 10 de março de 2012, sem atividade de ensino, não tendo mais interesse de desenvolver alguns assuntos aqui postados. Continuo com o blog porque hoje está com > 237.000 visitantes de diversos lugares do mundo. Bem-vindo ao nosso ambiente virtual. Retorne com comentários e perguntas: lucitojal@gmail.com.
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Falo sobre composição, valor nutritivo dos alimentos e biodisponibilidade dos nutrientes. Interações entre nutrientes: reação de Maillard e outras reações com proteínas, principalmente AGEs (Advanced Glycation End Products) e a relação desses compostos com as doenças crônicas: Diabetes, Alzheimer, câncer, doenças cardiovasculares entre outras. Atualmente, dedico-me mais ao conhecimento dos AGEs (glicação das proteínas dos alimentos e in vivo).

"Os AGEs (produtos de glicação) atacam praticamente todas as partes do corpo. É como se tivéssemos uma infecção de baixo grau, tendendo a agravar as células do sistema imunológico. O caminho com menos AGEs; escapa da epidemiologia dos excessos de alimentação" disse Vlassara. http://theage-lessway.com/

ATENÇÃO: A sigla AGEs não significa ácidos graxos essenciais.

Consulte também o http://lucitojalseara.blogspot.com/ Alimentos: Produtos da glicação avançada (AGEs) e Doenças crônicas.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

271- Glicemia X Envelhecimento

Glicemia X Envelhecimento

Durante décadas, os cientistas procuraram descobrir as causas do envelhecimento prematuro. É ponto pacífico que o diabetes é uma forma reconhecida de aceleração do envelhecimento, o que constitui uma surpresa para muitas pessoas, inclusive eruditas. Vale registrar que a expectativa de vida para os diabéticos é de quatro a oito anos menos do que para os não-diabéticos. É ponto pacífico que o diabetes e o envelhecimento propriamente dito compartilham de dois processos lesivos que comprometem o organismo: a glicação, que produz danos estruturais na função das proteínas, ou seja, as pedras angulares que formam os órgãos e tecidos, e na produção do estresse oxidativo, que indica o aumento da atividade de radicais livres, que também danifica moléculas e tecidos. Aliás, muitos sinais e sintomas que ocorrem no diabetes também costumam ocorrer ao longo do envelhecimento, e que incluem as seguintes patologias: a) doenças cardiovasculares, tais como ataques cardíacos, falhas da circulação periférica nas pernas, arteriosclerose e aterosclerose nos vasos cerebrais; b) aumento da ocorrência de certos cânceres (pâncreas, cólon e fígado; problemas da visão, incluindo as cataratas, glaucoma e degeneração da mácula; c) disfunção erétil; presbiacusia ou dificuldade de audição dos idosos; perda de memória ou outros distúrbios cognitivos; perda da elasticidade e flexibilidade da pele e de outros tecidos. Ao saber que a glicação é uma das conseqüências mais graves do diabetes, muitos pacientes ficam surpresos e indagam se é alguma descoberta científica nova. A glicação é conhecida desde 1912 e as suas conseqüências têm sido estudadas com profundidade desde os anos 80 do século passado. Aliás, a glicação consiste em uma série de reações químicas não-enzimáticas, ou seja, que não necessitam enzimas para a sua ocorrência envolvendo a glicose, as proteínas e certos lipídios, e gerando substancias tóxicas denominadas de AGE, ou advanced glycation end products e ALE, ou advanced lipoxidation end products, segundo a terminologia internacional em inglês. Por falar nisso, quando fazemos torradas produzimos reações do tipo glicação que produzem a coloração escura da torrada aquecida em temperaturas elevadas. Isso também ocorre no preparo de batatas fritas e churrasco ou salmão preparado na grelha. Os níveis de AGE e ALE aumentam à medida em que progride o envelhecimento, e a pesquisa recente tem apontado o papel relevante das denominadas glicotoxinas, no envelhecimento, assim como nas doenças correlatas do diabetes, cardiopatias, doenças renais, câncer, doença de Alzheimer e neuropatias diabéticas. As denominadas glicotoxinas aumentam acentuadamente em pacientes portadores de glicemia alta na fase de síndrome metabólica com obesidade, e em pré-diabéticos e diabéticos. O acúmulo das glicotoxinas ocorrem nos glomérulos renais, levando à insuficiência renal, na retina que pode levar à cegueira e nas coronárias onde além de problemas agudos pode suscitar uma inflamação crônica, além de neuropatias afetando os nervos periféricos. Voltaremos ao assunto para discutir a prevenção e tratamento. Dr. Arnoldo Velloso.

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